Wednesday, August 24, 2005

na verdade..

o post de ontem não era pra ter sido só algumas letras, ne verdade, 5 letras que não dizem nada. vocês sabem que eu não sou capaz de escolher só cinco letras pra formar uma (ou mais?) palavra(s) que expresse algo em mim. é muito pouco. eu conheço todas as minhas limitações quando é pra menos, pra mais aí não sei ao certo. mas ok, voltando, o post de ontem era pra ser dividido em 2 partes, e como hoje é hoje, então serão 3.
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1. (can i go now?) é incrível como certas músicas passam a fazer sentido. existem músicas que você simplesmente gosta, do ritmo ou acha a poesia da letra bonita, mas a mensagem não é uma coisa sua, né? você não tem direta identificação com aquilo. aí, dum dia pro outro, faz sentido. é quase como entender outro idioma. eu acho que alguns compositores são videntes. vou prestar mais atenção (ainda) às letras das músicas, em algumas delas deve conter coisas que ainda estão por vir pra mim.
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2. (when you're the only judge and jury) nunca fui muito de querer ter total controle sobre tudo não, mas como sou um tanto medrosa, em certas ocasiões eu daria quase tudo pra saber o que vai acontecer antes ou poder dar as opções. a minha parte, nesse caso, tomar a decisão de falar alguma coisa ou não a respeito de determinado assunto, eu consigo decidir relativamente rápido. passo algum tempo ponderando se vale a pena e se devo, depois tento me convencer de que eu não tenho obrigação nenhuma e que, na realidade, eu queria mesmo era ser a que ouve (meu nome significa 'a ouvinte', dava pra ser mais errado?) e não a que fala, mas aí eu me toco de que isso é só desculpa e maneira de me enganar e dizer que não tenho essa necessidade toda de falar. pronto. trabalhar com ação e reação é ótimo, aliás, não conheço ninguém que não trabalhe com isso, mas ruim é não saber o que virá de lá pra cá nem como nem quando. (viram que eu continuo tentando convencer a mim mesma de que eu não preciso falar nada? pois é, mas eu vou falar).
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3. (o do dia 25) sabe aquelas pessoas que você simplesmente conversa conversa conversa conversa conversa e não falta assunto nunca e mesmo quando falta você arranja mais, inventa, ri, faz alguma coisa e nunca cansa nunca? pois é. e você vai descobrindo que tem 300 milhões de afinidades e coisas parecidas e a conversa inteira é um dizendo pro outro 'é', 'concordo', também acho', 'eu também!'. tem pouca coisa melhor na vida. com o meu irmão isso acontece e deve ser só porque ele é meu irmão por opção. e eu uso as palavras dele pra falar bonito: é uma daquelas pessoas que fazem você se perguntar porque demorou tanto pra entrar na sua vida.
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what's the point in all this talk?
vou entrar na comunidade fale menos e faça mais. é pro seu bem :)

Tuesday, August 23, 2005

e lá se vai mais um dia

toda vez que eu chego em casa e vou subindo as escadas (são dois lances) vou pensando e subindo devagar por causa do cansaço e do salto que justo ontem eu inventei de usar. vou subindo e tentando tirar a chave da bolsa e desabotoar uma das sandálias tudo ao mesmo tempo e ainda pensando que, quem sabe um dia, quando eu chegar tarde assim do trabalho vai ter alguém me esperando assistindo tv e assim que eu abrir a porta vai perguntar porque eu me desgasto tanto com trabalho, dizer que eu perdi o jornal mas que não teve nada de novo e que tem café (que eu morro de preguiça de fazer). ao mesmo tempo que eu termino de dizer que não vamos mais falar sobre isso outra vez continuo pensando que tudo que eu quero é banho, colo e cafuné, e quem sabe um filme besta pra assistir junto. nesse momento eu acabo de fechar a porta e ver que as luzes estão todas apagadas, não tem ninguém em casa e eu tô morrendo de fome. preciso voltar, acender todas as luzes, ligar o som pra preencher o espaço e continuar pensando e falando sozinha que bem que eu queria saber que dia vai ser esse que não chega nunca.
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porque se chamava moço
também se chamava estrada
viagem de ventania
nem lembra se olhou pra trás
ao primeiro passo, aço, aço
porque se chamava homem
também se chamavam sonhos
e sonhos não envelhecem
em meio a tantos gases lacrimogênios
ficam calmos, calmos
e lá se vai mais um dia
e basta contar compasso
e basta contar consigo
que a chama não tem pavio
de tudo se faz canção
e o coração na curva de um rio, rio
e lá se vai mais um dia
e o rio de asfalto e gente
entorna pelas ladeiras
entope o meio-fio
esquina mais de um milhão quero ver então
a gente, gente, gente
e lá se vai mais um dia
milton nascimento, lô borges, márcio borges

Monday, August 22, 2005

dark walter

ontem fui assistir dark water. é, o primeiro filme do walter salles em hollywood. eu não tinha intenção alguma de assistir a este filme no cinema e, desde que soube da sua existência, não consegui entender porquê o walter salles tinha resolvido dirigir um suspense. mas isso foi ótimo. cheguei ao cinema com expectativa de nada, aliás, esperando não gostar do filme; mas fui surpreendida. ok, é um suspense americano. tem tudo que um suspense americano precisa ter: mortes indecifráveis, vozes do além, portas que se abrem do nada, quartos sombrios, enfim, a receita original com muita sonoplastia. mas, entre tantos filmes com esta mesma fórmula, dark water é muito bom. além de ângulos de filmagem muito interessantes, o elenco foi muito bem escolhido, principalmente a garotinha. sim, também tem uma garotinha que tem aquele amigo imaginário. tem a participação de dois atores que eu considero muito bons: pete postlethwaite, que faz o papel do porteiro misterioso e camryn manheim, a professora. a garotinha se chama ceci e na vida real é ariel gade que protagoniza o filme com jennifer connely, que também está muito bem no papel da mãe-divorciada-com-exaqueca-desesperada.
na verdade, eu já sabia que provavelmente ia gostar de dark water, mas não a versão americana e sim a japonesa. foi assim com 'o grito'. assisti às duas versões e sinceramente, os japoneses sabem assustar muito melhor. o filme japonês é de 2002 e tem o mesmo nome. pois é, era só pra dizer que eu recomendo e que agora acho que o walter salles se garantiu. resolveu fazer do seu primeiro filme um marco diferente de tudo e surpreender. comigo deu certo.

Friday, August 19, 2005

"you and me babe, how about it?"

"from the very start
open up your heart
feel the love you've got"
everlasting love
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"i dream of such humanities, such insanities
i'm lost like a kid and i'm late."
old habits die hard
.
"her faith is amazing
the pain that she goes through contained in the hope for you
your whole world has changed
the years spent before seem more cloudy than blue."
for your babies
.
"but it was just my imagination
running away with me."

just my imagination
(lembrando que eu faço parte da comunidade 'minha imaginação é f**a')
.
"[b:] i ought to say no, no, no sir.
[j:] mind if i move in closer?
[b:] at least i'm gonna say that i tried.
[j:] what's the sense in hurtin' my pride?
[b:] i really can't stay.
[j:] baby, don't hold out.
[B:] ah, but it's cold outside."
baby, it1s cold outside (better midler + james caan)
.
"so let the music take your mind."
'cruisin
.
"little things i should have said and done
i just never took the time."
always on my mind
.
"lovely, never never change
keep that breathless charm."
the way you look tonight
.
"i don't want clever conversation
i never want to work that hard
i just want someone that i can talk to."
just the way you are
.
"but tell me darlin', true
what am i to you?"
what am i to you (sem condições essa música)
.
"i don't want to move a thing,
it might change my memory
i am what i am, i'll do what i want, but i can't hide."
here with me
.
"finds a convenient streetlight steps out of the shade
and says something like "you and me babe how about it?"
romeo and juliet
.
"dancin' out on 7th street
dancin' through the underground
dancin' little marionette
are you happy now?"
when the stars go blue
.
"starin' blankly ahead
just makin' my way
makin' a way through the crowd."
a thousand miles
.
"and when the night is cloudy
there's still a light that shines on me
shine until tomorrow."
let it be
.
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é, esse povo que fica dizendo as coisas por mim e inda ganham uma nota com isso. tsc tsc.

Thursday, August 18, 2005

feira da música

pra quem não sabe, ontem foi a abertura da feira da música 2005 no anfiteatro do dragão do mar. este ano a feira da música está com um formato diferente dos outros, com estrutura totalmente descentralizada e com vários projetos acontecendo ao mesmo tempo. a feira em si, de instrumentos, equipamentos e serviços acontece no SEBRAE, mas temos ainda o dragão do mar, teatro josé de alencar, noise 3d e hey ho rock bar como palcos de muitas apresentações dos mais diversos estilos. quem não tem a programação pode fazer o download no site da feira (www.feiramusica.com.br).
entre os projetos da feira temos o raízes da música, instrumental brasil, workshops, lançamentos de cd, conferência internacional da música, brasil independente, palco social e outros. alguns deles são abertos ao público e tudo que acontece no sebrae tem o custo simbólico de r$1,00.
um dos projetos legais da feira é a fortaleza mostra rock, que acontece no hey ho rock bar até sábado. os ingressos custam apenas r$4,00 + 1kg de alimento não perecível. muitas bandas vão poder mostrar seu trabalho por lá. segue a programação de hoje, começa às 20h e as apresentações têm duração de 40 minutos:
versos lisérgicos
sem radar
joseph k
o verbo
atitude s/a
ALTIFALANTE
belasco
radiobrás
todo mundo sabe o porque do destaque pra Altifalante :) o show deles começa às 23h.
www.altifalantes.blogspot.com
e tem também a comunidade da banda no orkut, pra quem quiser saber mais sobre os projetos.
só adiantando que a demo já está gravada :)

Sunday, August 14, 2005

week-end e um ps

no mesmo dia de sempre
a mesma hora marcada
do mesmo lado da rua
o cheiro da madrugada

eu vi a lua vazia
uma vitrine apagada
do outro lado da rua
sentada sobre a calçada

os bares quietos da vida
essa cidade cansada
e esse encontro perdido
essa tristeza danada

retomo o rumo de casa
na noite desconsolada
você não sabe de tudo
você não sabe de nada
choro de nada - tom jobim e miúcha



p.s.: love my dad. it's all his fault.

Thursday, August 11, 2005

wishlist (pura utopia, mas ok)

eu queria ser duas. mas tinha que ser completamente independentes. e não se conhecessem. e uma fizesse o que a outra não faz. mas que a essência fosse a mesma.

eu queria ser mais paciente. e menos também.

eu queria que tudo que eu precisasse bastasse. e queria precisar menos.

eu queria não me apegar tanto às pessoas. eu queria não querer me apegar tanto às pessoas. é inconsciente.

eu queria ser menos enérgica de vez em quando.

eu queria definitivamente parar de roer as unhas, mas minha angústia não deixa. eu paro de roer e acaba o estoque de tampa de caneta mundial ou então adquiro vício pior. não.

eu queria ser mais amada, querida, mais difícil de substituir, mais admirada. queria saber receber o amor que vem de tanto jeito de tanta gente. eu queria um que preenchesse de outra forma.

eu queria que não tivesse paixão. queria que fosse amor logo duma vez. muito. forte. sempre.

eu queria que a minha vida fosse um livro aberto e não um semi-aberto. que eu guardasse menos coisa só pra mim. que eu tivesse raiva ou mágoa e conseguisse demonstrar o suficiente pra me fazer entender.

eu queria parar de achar que tenho muito tempo pra fazer as coisas. acaba que chega uma DEADline que eu mesma criei e vejo que não fiz metade.

eu queria saber me expressar melhor, escrever bem bonito, simples e tocante. ter um vocabulário mais vasto ou saber utilizar o meu vocabulário de forma mais ambrangente. queria conhecer mais música e argumentar de um jeito de convença.

eu queria não ter que voltar pra casa. eu queria morar numa cidade satélite de uma megalópole. assim eu teria a vida ultra urbana que gosto tanto, mas só durante determinado período de tempo. queria que no meu bairro, de manhã cedo tivesse um monte de criança indo pra escola a pé, jornal chegando, janelas abrindo pra fora e nunca faltasse café.

eu queria ser boa em matemática. sempre quis. mas por mais que eu estudasse tem aquele pessoal que tem uma aptidão interna incrível, não dava pra acompanhar. as pessoas que gostam de números vivem melhor.

eu queria ter certeza de que mais pra frente, no geral, as coisas vão sair mais ou menos com eu planejei. mas não queria que o mais pra frente fosse muito na frente. e os planos podem mudar.

eu queria sofrer menos com espera e atraso.

eu queria conseguir "ticar" o dia do calendário no fim do dia e não no começo como faço toda manhã. parece que o dia mal começou e já passou porque já sei como vai ser. e tantas vezes é.

eu queria não ser totalmente responsável por todos os meus atos. aliás, às vezes eu não queria ser responsável de jeito nenhum.

eu queria conseguir me concentrar mais e ser mais firme quando precisa, grossa quando forem comigo. menos refém. pedir menos desculpas (todos reclamam).

eu queria parar de querer ser agradável o tempo inteiro. cansa, não dá e ainda tem gente que julga mal. ridículo.

eu queria ser o que sempre fui e não achar que todo dia sou a mesma coisa. e achando ruim.

Tuesday, August 09, 2005

it makes so much sense

"if this is what i want
look at what it did to me
riding low, riding low, riding faster
if this is what you want
this is what you get instead
.
everything is everything
the more i talk about it
the less i do control
everything means everything
can't understand a word
half of the stuff i'm sayin'"
everything is everything - phoenix
.
.
"it all happened so much faster
than you could say disaster
wanna take a time lapse
and look at it backwards
from the last one
and maybe thats just the answer
that we're after
but after all
we're just a bubble in a boiling pot
just one breath in a chain of thought
the moments just combusting
feel certain but we'll never never know
just seems the same
give it a different name
we're beggin and we're needing
and we're trying and we're breathing
.
never knowing
shocking but we're nothing
we're just moments
we're clever but we're clueless
we're just human
amusing but confusing
helping, we're building
and we're growing
we'll never know"
jack johnson - never know
.
.
"you don't know me the way you really should
you're sure misunderstood
don't call me baby
you got some nerve and baby that'll never do
you know i don't belong to you
it's time you knew i'm not your baby
i belong to me
so don't call me baby"
madison avenue - don't call me baby
.
.
"a muito tempo estamos reclamando o rumo do país
mas agora não dá mais
só nos resta é sacudir em paz
só nos resta querer viver (beber?) bem mais
e o que me importa é que você agora possa estar aqui
salve a vida
salve o amor"
seu jorge - chega no suingue
.
.
"a cada segundo do tempo do mundo
corta o espaço uma grande verdade
a cada minuto do tempo absoluto
vaga na vida uma outra saudade
.
a cada momento no sopro do vento
voa na mente um desejo ardente
errante
constante
em busca do instante transparente
.
o pensamento voa
o corpo dança
o espírito brinca
a preguiça é boa"
fernanda abreu - uma breve história do tempo

Sunday, August 07, 2005

nunca, nunca, saudade, saudade

nunca
nem que o mundo caia sobre mim
nem se Deus mandar
nem mesmo assim
as pazes contigo eu farei

nunca
quando a gente perde a ilusão
deve sepultar o coração
como eu sepultei


saudade
diga a esse moço por favor
como foi sincero o meu amor
quanto eu te adorei
tempos atrás

saudade
não se esqueça também de dizer

que é você quem me faz adormecer
pra que eu viva em paz


lupicínio rodrigues


escutei muito essa música durante toda a vida.
fui achar hoje depois de muito tempo
mas inda sei cantar todinha.

Thursday, August 04, 2005

depoimentos e aperreio

não sou muito de fazer depoimentos, mas admito que algumas vezes eles se fazem necessários, então, vamo lá:
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gê: cara, você não existe. aliás, não pode deixar de existir. que eu morra primeiro, por favor.
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gabi e andré: só queria agradecer pelo esforço que vocês fizeram pra me ajudar hoje, eu tava um aperreiro só e nem disse obrigada direito.
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ravena: como eu já tinha dito, você não tem noção da proporção de tudo. aaaaaaaaaaahh. só abraço resolve essa pendência.
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num sei se eu faça os outros porque o outro punhado de gente a quem eu tenho que dizer obrigada umas 400 vezes não lêem meu blog por n motivos, então, deixo pra agradecer de uma outra forma.
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pra quem não sabe, a mãe de um amigo meu foi hospitalizada e precisava com urgência de um doador de sangue. não tinha sangue "o" negativo no fujisan e nem no hemoce, é mole? depois de passar a manhã inteira ligando e indo atrás, acabou que o meu herói foi o rafael, amigo da ravena.
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vamos para a parte engraçada do dia:
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-por favor, a Vanessa.
-só um instante. Alô?
-Vanessa?
-Sim.
-É a Samantha, tudo bem? É que eu recebi um recado de que algo estava errado no mapa de palco da banda; mas você pode me dizer especificamente o quê está errado?
-Ah, certo. É o seguinte Samantha: você precisa de 3 amplificadores? será que não dá pra ligar tudo num amplificador só?
-er, han... Não. (minha cara: O_O)
-Tudo bem. Outra coisa, aqui no seu desenho (ela me pediu desenhado mesmo, eu até colori pra ficar mais bonitinho) dá pra ver dois microfones. Porquê?
-Um é pro vocalista e outro pro guitarrista, que faz backing vocals.
-Mas é ao mesmo tempo?
-O quê? (meu pensamento: não cara, ela não tá pensando isso que eu acho que ela tá pensando)
-Na hora que o vocalista tá cantando, tem backing?
-Tem.
-Ah. Então deixa. É que se não tivesse, podia ficar só um microfone pra eles dividirem, nera?
-Era?
tu tu tu tu..
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-Pai?
-Hum.
-A gente vai fazer alguma coisa domingo?
-domingo? sei lá. o que tem domingo?
-dia dos pais.
-ah. sei não.
-eu pensei que a gente podia fazer alguma coisa.
-tipo o quê?
-tipo alugar uns shows em dvd, comprar umas cervejas e um quilo de camarão e ficar a tarde toda comemorando o dia dos pais.
-a gente pode comemorar o dia dos pais quantas vezes por mês?
-hehehe
-hehehe
-tá. fale com a sua mãe.
-pra quê?
-sei lá. é, não fala não.
-eu vou falar, tô pensando até em convidá-la..
-quê? mas é dia dos pais!
-ah, certo. ela passa o dia com o pai dela né? com o meu não. entendi.
-hehehe
-hehehe
-só isso?
-era.. posso instalar o soulseek denovo no computador?
-ô Samantha, tu sabe que não dá certo.
-mas pai, dá pra puxar todas as músicas do jimmy page ao vivo em qualquer show!
-tá. instala.
-thanks dad.
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ok, feeling better today.
tirando que me afogaram em e-mails e trabalho hoje.
eu merecia um happy hour com heineken e batatinha.

Tuesday, August 02, 2005

sem exageros dessa vez

me parece que o certo mesmo é não criar expectativas,
assim, se algo de bom acontecer é surpresa
e, se não acontecer, não se sofre nada.
é um caso a se pensar.

não é que tudo não aconteça como eu quero.
nem poderia.
mas eu admito que sou uma pessoa que conta as frustrações.
e são várias.
sinto que não espero tanto assim das pessoas e do mundo
e o pouco que eu espero, às vezes, não vem.
e o pior é que era justamente do que eu não queria abrir mão.
complicado isso.

mais complicado ainda é quando você quer se fazer entender e não consegue.
como você explica estar feliz demias por um lado e absurdamente triste de outro
pra alguém que não é você mesmo?

o pior de tudo é que eu descobri que sou invejosa.
mas acho que ainda não cheguei ao ponto das vilãs das novelas.
mas sou.
agora já sei o que responder nas entrevistas de emprego quando perguntam:
qual a característica que você menos gosta em você?
eu sinto aquela inveja de querer ser tão admirada quanto a minha irmã,
tão inteligente quanto meu pai, tão dedicada quanto a mariana e por aí vai.
daqui a pouco vou querendo ser todo mundo menos eu.

queria parar de roer as unhas de vez.
e ser mais corajosa e menos criança.
ter mais juízo pra umas coisas e menos pra outras.
queria ter força pra exigir mais. me impor.
eu nunca faço isso, já notou?
eu nunca digo que algo tem que ser assim ou assado.
e acaba não sendo.
e quando eu digo, me sinto mal.

na verdade, na verdade eu descobri que sou refém da vida.
meu maior medo é que ninguém me ame incondicionalmente.
incondicionalmente é um negócio muito grande.
eu amo algumas pessoas assim, mas admito que dói o suficiente
pra quase desistir, mas eu fico só no quase.
enfim, a qualquer momento todo mundo pode me abandonar
ou pior alguém pode me abandonar e todos os outros não vão importar nessa hora.

esse negócio de 'eu queria sumir' é muito sem graça.
eu não queria sumir, eu queria só mudar completamente a minha vida,
o que é bem mais fácil mas implica em processos pelos quais não sei
se quero ou devo passar. talvez eu nem passe, estanque de vez.
nunca fui muito bem em prova ou teste relâmpago e como eu me conheço
sei que quando eu decido mudar ou é jánessesegundoapartirdeagora ou
não vai pra frente, então, sinceramente, não sei.

não sei mesmo.
meu pai sempre disse que o importante é tentar ser o melhor que dá.
mas é que o melhor que dá é tão relativo.
por exemplo, o meu melhor que dá hoje é péssimo, nem queria me ver.
eu sou tão difícil assim de lidar?
acho que algumas pessoas me subestimam.
eu só queria que as coisas fluissem bem, sempre faço tudo pra isso acontecer.
mas não depende só de mim. so..