Monday, November 28, 2005

e nem amanhã e nem depois.

hoje não dá
hoje não dá
não sei mais o que dizer
e nem o que pensar

hoje não dá
hoje não dá
a maldade humana agora não tem nome
hoje não dá

pegue duas medidas de estupidez
junte trinta e quatro partes de mentira
coloque tudo numa forma
untada previamente com promessas não cumpridas
adicione a seguir o ódio e a inveja
as dez colheres cheias de burrice
mexa tudo e misture bem
e não se esqueça: antes de levar ao forno
temperar com essência de espirito de porco
duas xícaras de indiferença
e um tablete e meio de preguiça

hoje não dá
hoje não dá
esta um dia tão bonito lá fora
e eu quero brincar

mas hoje não dá
hoje não dá
vou consertar a minha asa quebrada
e descansar

gostaria de não saber destes crimes atrozes
é todo dia agora e o que vamos fazer?
quero voar p'ra bem longe mas hoje não dá
não sei o que pensar e nem o que dizer

só nos sobrou do amor
a falta que ficou.

Thursday, November 24, 2005

ele indo e eu lembrando.

alexandre indo embora e eu pensando que vou sentir falta demais.
até um dia desses eu não tinha amigos de longa data.
os que tenho estão indo, seguindo caminhos que nos distanciam em terra e mar.
parem de ir pra longe que eu odeio perder as pessoas, já disse.
daqui a pouco fico só o pó, vocês vão e levam pedaço do tamanho dum trem.
e eu fico aqui só esperando a volta.
no caso alex, ele que me espere, vá logo descobrindo os pubs, bares, boates, praias, serras, zoos, museus, praças e maravilhosas lojas de discos, porque eu estou já indo. vai passar mais rápido do que você imagina, beibe.
quando eu penso que já somos amigos há anos e nem consigo recordar tudo que a gente já passou é que me dá uma angústia danada. aí eu lembro que a gente é novo e o alex é que é nerd apressado, tem tempo, muito tempo.
a turma do claudin inda vai ter muito o que contar. acho que a gente vai ter que começar a fazer as festas de reencontro de 5 em 5 anos da turma, com direito à fotos na mesma pose pra comparar depois!
o alex vai mas fica. a gente fica mas vai um pouquinho. saudade preenche o resto, né pessoal??
e diga que não pra você ver.

Tuesday, November 22, 2005

l u p c í n i o

Esses moços, pobres moços
Ah. se soubessem o que eu sei
Não amavam, não passavam
Aquilo que já passei
Por meus olhos, por meus sonhos
Por meu sangue, tudo enfim
É que eu peço a esses moços
Que acreditem em mim
Se eles julgam que há um lindo futuro
Só o amor nessa vida conduz

Saibam que deixam o céu por ser escuro
E vão ao inferno à procura de luz
Eu também tive nos meus belos dias

Esta mania e muito me custou
Pois só as mágoas que eu trago hoje em dia
E estas rugas que o amor me deixou.

Saturday, November 19, 2005

é.

hoje acordei e vi tudo azul. aquele azul marinho. escuro.
parecia que eu estava olhando pra tudo com aquele filtro que colocam nos filmes, daí filma de manhã e parece que é tarde. é tarde, pra quem vê. pra mim, muito tarde.
pensando bem, as coisas vêm entardecendo faz algum tempo nos meus dias. mas eu estava até gostando. eu gosto dos tons alaranjados de fim do dia. mas o fim do dia dura pouco. e aí já é tarde.

recordo perfeitamente do tempo em que eu era uma menina serelepe, feliz e saltitante. não que eu fosse assim sempre porque tudo estava ótimo. mas eu lidava com as coisas de uma maneira mais fácil, tudo eu resolvia, tudo tinha jeito, criatividade era a chave, tudo era motivo de festa e todos eram meus amigos. mas fui levando alguns tombos e passei a pular um pouco menos, externar menos minhas alegrias, me preocupar mais com tudo e perdi meu posto. fui ficando mais séria, mais tensa, estressada, mostrando mais defeitos que qualidades, brigando, desfazendo amizades e ficando sem muitas idéias. já não tenho mais muitas forças para lutar contra.
lembrei de quando assisti ray e me senti igual. ray charles foi perdendo a visão aos poucos. a vista foi ficando desfocada, cada vez mais embaçada, até que enfim, ele cegou. mas sua boa mãe treinou todos os seus outros sentidos para que a visão fizesse o mínimo de falta possível.

no meu caso, não fui treinada. o que me deixa em absurda desvantagem.
não saber é ruim. sinto que vou perdendo coisas, pessoas, lugares, lembranças, vontades, momentos, vida. e quanto mais eu perco, mais peso tenho. no colégio tinha que somar pra pesar mais. aqui, o vazio estrapola os limites da minha pequena balança. imensurável.
e, além de tudo, não sei o porquê. talvez saber o porquê das coisas seja conforto. conforto que eu posso me acusar raríssimas vezes de ter tido.
bombas são feitas para explodir.
relógios para tictatear.
borracha para apagar.
música para dançar.
ditador para mandar.
bem ou mal, na vida tudo tem um propósito.
não sei qual o meu. e sinto que já é tarde.
preciso de algo que não sei o que é, onde está, como procurar.
e aí, a outra de mim diz: fica difícil, né. é.
paramos aqui.

Monday, November 14, 2005

hey mr. dj, put a record on!

samantha toca :)

sexta
18 de novembro
pocket noise
22h
r$4 / r$8

sam + igor + freud
participação: maumau + marcorélio


faz é tempo que eu já chamo todo mundo, antes mesmo de saber a data certa.
mas fica aqui o convite oficial. todo mundo vai e todo mundo leva alguém, ok?
meus cds vão dar certo dessa vez :)

Monday, November 07, 2005

iceberg change cold one water fire away excuses hard simple easily close other panic alike time along can help let still anymore.

over the sea and far away
she's waiting like an iceberg
waiting to change
but she's cold inside
she wants to be like the water
all the muscles tighten in her face
buries her soul in one embrace
they're one and the same
just like water

the fire fades away
most of everyday
is full of tired excuses
but it's to hard to say
i wish it were simple
but we give up easily
you're close enough to see that
you're the other side of the world to me

on comes the panic light
holding on with fingers and feelings alike
but the time has come
to move along

the fire fades away
most of everyday
is full of tired excuses
but it's to hard to say
i wish it were simple
but we give up easily
you're close enough to see that
you're the other side of the world


can you help me
can you let me go
and can you still love me
when you can't see me anymore

the fire fades away
most of everyday
is full of tired excuses
but it's to hard to say
i wish it were simple
but we give up easily
you're close enough to see that
you're the other side of the world

the other side of the world
you're the other side of the world to me.

Saturday, November 05, 2005

lupa.

definitavemnte, as aparências enganam.
sabe uma coisa que você acredita piamente?
tem certeza absoluta?
aí, de repente, não é?
pois é. chega dói.
chega dói não, dói.

e essas coisas fazem você descrer numa série
de outras coisas que você tomava por certas.
é muito triste.

eu quero ser ignorante e não saber muita coisa, por favor.
me poupem de certas verdades do mundo, já chega.

Thursday, November 03, 2005

pode me chamar de doida, eu deixo.

acerca de alguns temas que foram colocados no feriado:
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se o tom cruise desse em cima de mim eu acho que eu não ia me interessar muito não.
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porque o nome das prostitutas-loiras-tapadas é sempre candy, angel ou mya?
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eu definitivamente não sei contar piadas. acho melhor ficar só rindo mesmo.
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cerveja boa é aquela que alguém compra pra você e tá gelada. ainda mais depois que você já bebeu várias antes dessa.
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semana quebrada é bom mais é ruim. pra mim, é basicamente ruim. mas o feriado é bom, entende?
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quando você conhecer alguém, pergunte o conceito que ela tem de 'muito', 'forte', 'estar' e 'ser'.
daí você tira algumas conclusões interessantes.
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eu queria saber onde é a minha borda. a margem máxima da samantha fica onde?
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descobri que preciso ser mais desorganizada e irresponsável e non sense antes que fique ridículo demais pra idade.