Wednesday, September 27, 2006

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vai ser em inglês porque enfim, quem me conhece sabe que eu tenho um negócio com a língua portuguesa. eu sempre acho que as expressões e palavras em inglês representam melhor o que estou querendo dizer, mesmo tendo significado idêntico em português.
assim, sabe a música do filme Closer? linda. aí vem o seu jorge (que eu adoro e não entendi porque ele fez o que fez) com a ana carolina e traduzem 'and so it is' para 'é isso aí' e 'i can't take my eyes off you' para 'eu não sei parar de te olhar'. não é isso que ele está dizendo. não é. mesmo sendo. tem certas coisas que simplesmente não se traduz, certo? tente não.
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why do i have to fall first? eveytime it's my turn. i always feel that i have to do something about everything. i'm so tired. i don't want to make an effort. i made a lot of efforts my hole life and here i am, alone in the dark. great.
why can't anybody (not just anybody, ok?) fall for me just because what i am? you know, like like my eyes, my voice, my mind, my hair, my music style, my behavior, i don't know, i have to have something nice. why don't i inspire poetry? why? why? why? why do'nt i meet someone that just can't forget about me? that's dying to see me? i don't get it. i really try, but it's too hard.
i often say that i chose a hard way to live. it's very difficult to live by certain values and have and 'old' education in a world that's going totally opposite to that. people make fun of you, they think you're strange, that you're loosing time, they don't get around much anymore.
and then you hurt and try to adapt. of course i doens't work and, there you go, hurt again. and then (that's where i am) you just stop. start to be cold. start to act like you're not there. try to find excuses for everything people do even when you know something have no excuse at all. and you just don't expect anything. anything. if you don't expect, you don't get frustrated. and if you don't get frustrated you don't get sad, and lonely and that's so good (is it? it is, isn't it?)
oh please. 'help me if you can, i'm feeling down.' i'm like that. i don't like being like what i am today. i don't like me and that doesn't help because i feel that nobody likes me and i keep trying to give everything i have hoping people don't leave me and people do that frequently. i don't find a way to be different. i'm getting really upset and i'm almost giving up. but i hope.
i hope someone, someday bet on me. try me. i don't know much, i'm not unic, i don't know to do something that nobody else can, i'm not very funny but i have my days, i try to be accepted 100% of the time and i cry a lot feeling reject, but i'm ok, you know. it's nothing from another planet. my bag comes with some traumas, some confused ideas, lots of sadness and a huge 'wanting to be happy please don't play with me' t-shirt.
i'm not ready. too fragile, i guess. too in need. i'm gonna sufocate the 'you' that aventually shows up and take everything down.
oh God, a lost cause. noboby with fight for. not even i.
and that's when some relative or friends comes and say: oh, stop that. you're overeacting. don't be so dramatic. everything is gonna be ok. a fine lady like you have no worries in life.
why my problems are considered small ones for everyone? they're not small. dramatic? you haven't seen a thing. of course i'm overeacting. i'm desperate. i find no way out this situation. i don't want to find. i want someone to find me. please find me. let me find me in you. where are you (where am i)?
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listening to i'll find a way, rachael yagamata
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"i used to think that anything i'd do

wouldn't matter at all anyway

but now i find that when it comes to you

i'm the winner of cards i can't play

wait for me, wait for me

darling, i need you desperately, desperately here

and i'll find a way to see you again

and i'll find a way to see you again

the rain is like an orchestra to me

little gifts from above meant to say

girl, you falling at his feet

isn't lovely or stunning today

wait with me, wait with me

i'm alive when you're here with me, here with me, stay."

Saturday, September 23, 2006

instantes.

existem situações pelas quais eu acredito que não mereça passar.
mas me passam.
eu sei que a gente não recebe cruz que não possa carregar, mas eu tenho de questionar em alguns momentos porque ela vai ficando tão mais pesada todo dia.
engraçado como há dois dias atrás eu pensei em fazer um post (alguns posts meus se perdem porque penso e não posso fazê-lo na hora e depois não sai mais como devia) que era sobre o poder da esperança.
não aquela esperança longínqua que parece ser difícil de ser alcançada. mas como alguma pequena coisa pode alegrar seu dia mesmo quando ele está péssimo e você acha que nada pode melhorar.
eu ia falar sobre uma porção de bons momentos que você pode colecionar durante o dia.
ia falar que dá mesma forma que algum gesto simples levanta seu ânimo, um gesto impensado também destrói toda uma felicidade construída aos poucos e com muito cuidado.
ia falar de dormir pra acordar melhor no outro dia.
aí não escrevi. teria ficado bonito.
mas como este novo post dois dias depois ia ficar parecendo que eu sou inconstante.
eu não, o mundo é que é. e eu, infelizmente, vou com a maré.
eu sou diferente. não é diferente querendo ser mais ou menos que outros.
é só diferente do que se tem conhecimento, do que é comum, do que se espera.
e dói e dói querer mudar. e eu quero.
porque assim não dá.
nunca mais para de doer, mas é tanta coisa que eu até esqueço às vezes.
não quero mais falar. de propósito. esqueci.
fim.

Thursday, September 21, 2006

1, 2, 3, e respira.

ah essa mania incurável de tentar.
não posso nem dizer que é incansável, porque cansa demais, inclusive.
mas não sei o que é que me dá, que mesmo nos últimos tragos de 'ar', tento.
pelo menos dessa vez vou pé no chão.
vou sabendo que não vale a pena criar muita expectativa.
vou consciente de que não depende só de mim e, que, por mais que eu queira, pode não dar certo.
pode ser, até, que eu descubra que nem era isso que eu mesma queria.
mas vou porque não consigo ficar.
porque eu preciso correr o risco e saber.
mas vai ser tranquilo.
como estou racionalizando tudo, não tem errada, já estou preparada para o que der e vier.
(este exercício chama-se auto-convencimento, vulgo, 'vamos se iludir')

Tuesday, September 19, 2006

sometimes it's nothing at all.

volta pra casa depois de um dia cansativo é ruim.
calada e completamente alheia a tudo que está acontecendo dentro do carro uma sensação absurda de peso me toma.
incrível com o vazio pode tomar conta e preencher tanto. e ter esse peso sem fim. e o vazio é absolutamente nada. ausência de tudo que você queria.
é isso né? você tem muitas coisas mas só consegue notar a imensa falta do que você quer e não tem.
fica aquele chôro querendo sair e na verdade eu estou tão apática que nem lágrima consigo produzir.
e quando nem lágrima e nem palavra sai, sai suspiro.
e ele indica que não vejo mudança logo, e nada vai me mover.
e como já disse, nos dias em que nada me move, acho que o melhor que faço é ficar parada mesmo.
é estranho como nessas horas até as minhas características mais marcantes esmaecem. eu não polemizo, não argumento, não sorrio, não falo nada. calada. não dá pra exteriorizar.
quase uma boneca de pano encostada esperando mais uma noite passar pra me sentir melhor pela manhã.
se Deus quiser, amém.



vazio.
trabalhar, estudar, casa pra cuidar, pai, mãe, irmãs, cachorros, gato, coelho, contas pra pagar, planos pra fazer. quanto mais me encho mais espaço sobra. e é espaço que não preencho com absolutamente nada voluntário. injustiça.

Sunday, September 17, 2006

denovo? i'm afraid so.

ai, novamente os ciclos.
agora já me dei conta que até o ato de reclamar sobre os ciclos tem ciclo. minha nossa, onde vamos (eu) parar?
e 'minhas' músicas também vão e voltam.
acho que já postei 'sapato velho' por aqui ou alí.
toda vez que escuto me dá uma coisa (não sei definir se boa ou ruim).
queria saber porque é que minha angústia se expressa com sorriso e gesto demais.
nem parece angústia e ansiedade. e quando o pessoal me diz que eu "tô impagável" eu só posso concordar. queria era um abraço de aquietar.
ontem a altifalante lançou cd, ficou lindo, lindo.
as músicas são simples e tocantes, do jeito que precisam ser.
trechinhos que eu mais gosto (inclusive um de música que eu ajudei, pra vocês poderem me ver expressando lém de gesto):

"tua falta tá sobrando" (por perto)

"ele era um
ela era outra
ele via zoom
ela via dutra
ele olhando a lua
ela pé no chão
ela é poesia
todo dia ele faz canção" (o feijão e o sonho)

"você diz: vida em risco não deve ser tão livre assim.
é só sinal de início de tristeza que não vai ter fim." (pressentimento, essa é a minha)

"acalma a batida, resolve a tua vida.
quero escrever teu refrão na saída, em paz" (para helena)


gosto nem de refletir muito sobre essas letras não.
tem outras e tem um bonus track da dead poets, disaster, é linda.
e mário quinderé cantando.
e regis damasceno que produziu.
só podia ter ficado muito bom.
né?

Monday, September 11, 2006

not the only one.

caramba.
tem as pessoas no mundo.
bilhões, cara.
e você se sente só na companhia de umas 20 que não fazem efeito.
só.
aí, de repente, até uma música ou texto bem escrito te dá calma e alivia a angústia.
incrível. sei não. dá pra trocar gente por música e texto?
(sim, sim, estou numa fase irônica-cética-sarcástica-direta-impaciente da vida, eu sei).
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No meio desse mundo louco, a gente se depara com umas figuras interessantes. Figurinhas repetidas, mas ainda interessantes. Eu sou romântica, não nego esse fato, e isso me leva a dar um voto de confiança pra muita gente, apesar dos tombos que a vida já me deu.
Mesmo assim não deixo de me surpreender com “esses” figuras. Aprofundando o assunto, já deu pra perceber que falo deles. É sim. Daqueles lá. Os próprios. Famosos idiotas. Existe um em cada esquina, mas o bacana dos exemplares dessa raça é a enorme capacidade de MIMETISMO. Lembra das aulas de biologia, lá na escola, quando a professora te ensina sobre os animais que se passam por outros, que FINGEM ser o que não são, só para disfarçar e alcançar seus objetivos? Ela só não te contou que os idiotas também são assim. Deve ser pra não assustar as criancinhas. Então a gente cresce e aprende na marra.
O disfarce predileto deles é o “Eu sou pra casar”. Esse é clássico! O processo é progressivo e poderia até ter representação gráfica. Ele te elogia (óbvio) dos pés à cabeça. Cada dia um elogio mais fofo, delicado e criativo (pelo menos nesse período inicial...). Você adora ler o Fulano de Tal. E não é que ele já leu TODOS os livros dele? É destino, só pode! (você pensa com seus botões). Aquele cd que você está procurando, ele leva na sua casa, junto com uma caixa de nhá benta da konpenhagem (que por acaso é a sua favorita...) e ainda tem um bilhetinho lindo te desejando bom proveito (ele é tudo de bom, não é?). Mais tarde liga pra saber se você gostou. O que nem precisa pensar muito pra responder, já que a essa altura você já está pensando se seus filhos terão seu cabelo e os olhos dele ou vice-versa...
O primeiro encontro foi sair pra jantar, CLARO... Num restaurante lindo, com uma luz mais baixa, não tão movimentado, sem badalação e pessoas conhecidas pra atrapalhar a noite (suspeito isso, não?...), além de um bom vinho (escolhido a dedo na carta de vinhos que ele conhece in-tei-ri-nha!). Nesse momento você já amarra um pesinho no seu pé, pra não sair flutuando por aí, porque isso deve ser um SONHO. Unindo o útil ao agradável, o cara é lindo, alto, tem aquele corpo de deus grego, é todo saudável, sabe cozinhar, faz sua sobremesa predileta (que é a coisa mais fácil do mundo, mas ainda assim é lindo isso), tem um sorriso delicioso, ri das suas piadinhas sem graça, abre a porta do carro pra você entrar E PRA SAIR (existe isso ainda? Alou?), é todo educado, te olha nos olhos, te acorda de manhã com uma mensagem linda, liga terça a tarde pra ouvir sua voz, chama pra viajar num final de semana que nem tem feriado perto, e só pra completar, é solteiro de verdade!
Pára o mundo que eu quero descer! (Essa frase merece um destaque só pra ela!)
Perfeito disfarce de “Eu sou pra casar”. Pena que até você descobrir que filhote de tatu com cobra é vira-lata, já planejou a festa de NOIVADO e toda a família ficou sabendo que você encontrou o homem da sua vida. Depois ele começa a diminuir a freqüência de ligações matutinas, não pode mais sair sábado com você, tem FESTA DE FAMÍLIA toda sexta-feira (e são muito chatas, por isso ele não pode te levar, viu?). Nesse ponto do gráfico, o pico já passou e a curva vai descendo vertiginosamente. Até que ele só passa a te ligar pra dar boa noite (enquanto sai com a outra (a vaca gente, do texto anterior, ela mesma), que ele já bajulava enquanto estava com você) e as conversas passam a ser técnico-científicas (trabalho, e só!).
Olha, muitos animais praticam mimetismo, assim, naturalmente, borboletas-folha são um ótimo exemplo, mas pelo menos até onde sei, é só pra DEFESA.
Ó, o que seria do mundo sem a distorção dos valores...........

Sunday, September 10, 2006

analogias, sincronias, impressões e afins

'amor é que nem capim, cresce naturalmente, aí vem a vaca (preencha este espaço com o nome da vaca) e destrói tudo.'
autor desconhecido
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todo mundo tem uma vaca na vida. todo mundo.
e no a la carte tem uma blusa com a frase 'nobody hates cows'. i hate.
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sim, eu queria saber porque é que eu mereço ouvir certas coisas.
as pessoas se sentem à vontade comigo de uma forma que, certas vezes, me incomoda.
mais especificamente, as pessoas são homens neste caso.
é assim:
eu sempre tive muitos amigos homens, é mais fácil sabe, a convivência?
vocês já sabem, né? não tem birra, nem mau humor e época certa do mês, teoricamente não demoram pra se arrumar e nem ficam em casa porque se sentem gordos, contam piada, bebem e são bem mais funcionais (é só ler o manual e seguir as instruções direitinho), é ótimo.
certo. aí eu nunca forcei isso não, sempre foi assim, comum.
acho que porque eu também sou assim (tá, a diferente sou eu). e aí quantas vezes eu já saí com um bando de macho e eu lá no meio. 'como um deles'.
pois é, aí, o grande lance era justamente isso. eu estava lá, como um deles, mas não é por isso que eu passei a ser exatamente um deles, assim, por completo. e tem certas coisas que não dá.
porque, homem, né? também não é essa perfeição toda. tem umas falhas na produção da maioria deles, um pouco mais de bom senso, um pouco menos de distração, um pouco mais de timming, enfim, manutenção.
pois é, quando você passa a ser tratada não com igualdade, mas como igual você acaba se sujeitando a certas coisas. apesar de que eu acho que nisso eu não tenho culpa, acho que eles é que não tem bom senso mesmo.
enfim, eu poderia ver o lado bom disso, mas em certas ocasiões eu juro como queria ser mais 'menina' pra ser poupada.
é, tem verdades que eu, sinceramente, prefiro não saber. mentira, sendo sincera, pode vir. faz bem. é provado cientificamente. (não estou fazendo apologia aos mentirosos de plantão e muito menos querendo ser a iludida do sistema, please, não distorçam meu raciocínio).
e se o cara que te interessa tá no meio do seu grupo de amigos, então, minha nossa, tem nada pior. e quando é exatamente ele que não se toca dá vontade de matar. odeio enigmas. ok, nem todo mundo entende. eu desenho, vai, com desenho não tem errada. ou então ignora, pula, dorme pro dia seguinte chegar logo.
esse sistema social é lento demais, e nivela por baixo, de lascar. tenho mais paciência não.
procurar ali curso de frescurites agudas em 5 aulas e ver o que acontece.
porque eu passo a impressão que tá tudo certo e que você pode me dizer tudo, mas na verdade, você não pode. nem deve, o que é pior.
fui.