Thursday, July 31, 2008

tão certo quanto dois e dois?

sou vulnerável às menores bobagens, às mínimas palavras ditas, a olhares até, e sobretudo, a imaginações.


é clarice, não é fácil.

Tuesday, July 29, 2008

one step at a time.

ó Deus, dai-me paciência.
sério, eu preciso.
senão saio pulando ao invés de dar pequenos passos (como sei que tem que ser).

esse negócio de um dia de cada vez acaba comigo.
eu quero saber logo, ver logo, me frustar logo ou atingir o objetivo logo.

logo, correndo, a parte do construir, tijolo por tijolo, me cansa profundamente, apesar de que, isso é até, pensando bem, estranho, afinal eu gosto da execução das coisas mas, realmente estou num fase planejamento - visualização do resultado imediato.

e quem foi que disse que tudo tem que ter planejamento?
mas se eu não tiver expectativa, não tenho nada, moço. e agora, josé?
oh Christ, give me a break.

isso tudo é filosofia demais até pra mim.
todo dia tudo muda. get over it.
mas todo dia tudo começa denovo.
same shit, different day, as they say.
o negócio é acordar esperando tudo ou nada.
entre esses dois, o que vier, né?

Sunday, July 27, 2008

muitas vezes

não diga tudo quanto sabes
não faças tudo quanto podes
não creias em tudo quanto ouves
não gastes tudo quanto tens.

porque quem diz tudo quanto sabe
faz tudo quanto pode
crê em tudo quanto ouve
e gasta tudo quanto tem

muitas vezes
diz o que não convém
faz o que não deve
julga o que não vê
e gasta o que não pode.


para guardar na carteira e ler de vez em quando.

Sunday, July 20, 2008

second best

my imagination wants to see
the vivid colours of reality
there's a place out there beyond my grasp
a revolution in a looking glass
i've got to get this problem off my chest
i'm sick and tired of being second best
i'll rearrange my credibility
a fundraiser for a restless sea

don't ever doubt me
what's come over you?
won't you forgive me?
what are you gonna do?
don't ever doubt me
what's come over you?
won't you forgive me?
what are you gonna do?
what will you do?

i can't contain what's inside my head
i'm using words that i must have read
do you remember the time we spent?
it seems that we were the main event
have you a reason to behave like this?
maybe you need a psychoanalyst
if you keep pushing me out of the door, for sure
you'll never see me again

no one to talk to
what am i gonna do?
you're never there
right when i need you
give me a cause
give me a reason
for your applause
i'll commit treason

and in my mind
i know i'm right
it's the same thing every night
you're not to blame
so don't you cry
you don't need me
so hurt my pride

and all the time
i know we tried
line by line and side by side
and still i pray
that we'll get by
but it don't seem real
and i don't know why

and in my mind
i know i'm right
it's the same thing every night
you're not to blame
so don't you cry
you don't need me
so hurt my pride

and in my mind
i know i'm right
it's the same thing every night
why do you cry?
you're not to blame
when will you change this sad refrain?


when?
straight answer, please.

Thursday, July 17, 2008

logical

para mim, e algumas pessoas que já passaram por grandes problemas na vida, alguns conceitos são lógicos e simples, o que facilita o dia-a-dia em alguns momentos.
[quando digo grandes problemas, isso também é um conceito meu, pode ser que o meu grande problema seja pequeno para você e o contrário também é fácil acontecer]

enfim, é assim:
só existem dois tipos de problema, os que têm solução, então já estão resolvidos, é realmente uma questão de tempo; e os que não têm solução, que também estão resolvidos, tendo em vista que não há o que fazer.

com isso em mente, pra quê melhor? pena que não funciona todo dia, mas não custa tentar.


eu não preciso falar e você esta me entendendo
eu só preciso te olhar e sei o que esta acontecendo
até parece um sonho, mas estou acordado
se estou com meus pés no chão posso voar bem mais alto


[bem mais, for sure, and it's safe.]

Sunday, July 13, 2008

talvez

talvez, se dependesse só de mim, não houvesse dúvida.
talvez, ignorando as evidências externas, fosse mais fácil.
talvez.
mas nem talvez eu tenho.
porque não depende e não consigo ignorar nada.
opção: você faz alguma coisa ou o mundo muda para que tudo fique ao meu favor.

Friday, July 11, 2008

desejo

para os cabelos, vento.
para chuva, vista da varanda e cobertor.
para brisa, rede.
para os olhos, paraísos.
para solidão, visita.
para visita, atenção.
para teimosia, não.
para pensamento adolescente, chão.
para jeito maduro demais, ser criança.
para sobreviver, trabalho.
para trabalho, pagamento.
para cima, elevador.
para baixo, tobogã.
para companhia, uma boa pessoa.
para os queridos, alegria.
para coisas, nomes.
para toda dor, anestesia de qualquer tipo.
para prazer, suspiros.
para mãos, dedos entrelaçados.
para os pés, bacia de água quente.
para o cansaço, cafuné e sono.
para agonia, muita calma.
para a alma, algum tipo de céu.
para o corpo, O outro.
para a mente, saber.
para a boca, falar, calar ou beijar.


meu e da adriana falcão.

Thursday, July 10, 2008

oh when i find

i was happy in my harbour
when you cut me loose
floating on an ocean
and confused
winds are whipping waves up
like sky scrapers
and the harder they hit me
the less i seem to bruise
oh when i
find the controls
i'll go where i like
i'll know where i want to be
but maybe for now
i'll stay right here
on a silent sea.

Monday, July 07, 2008

eraaaaase, please.

é muito horrível sentir-se ridícula.
e conseguir fazer isso várias vezes no dia é assim uma coisa absurda.
eu realmente não sou mais a mesma.
não sei como as pessoas conseguem me suportar.
nem eu me aguento.

Saturday, July 05, 2008

nove luas

eu quis prever o futuro,
consertar o passado
calculando os riscos
bem devagar, ponderado
perfeitamente equilibrado.


eu também sempre quis isso, herbert.

Friday, July 04, 2008

poetic justice.

está me corroendo.
esse sentimento de injustiça que eu sinto.
não é me fazer de vítima, é muito real.
sentir-se impotente para coisas que deveriam ser naturais dói demais.
e não, sam, você não pode falar com as pessoas apenas pela escrita.
tem coisa que deve ser dita. cara a cara.
odeio vias de mão dupla que são desiguais.
mais fluxo pra um lado que pro outro.
e nada do que eu possa fazer muda isso.

outro dia estavámos eu e uma amiga conversando sobre o futuro.
expondo todos os talvez e os serás, o que estávamos plantando, o que poderíamos esperar.
quando falo que sou extremos tentando conviver é porque é literal.
lembro demais que neste dia eu falei tudo que eu sentia sobre isso, que depende de cada um, que tem coisas que não estão nas nossas mãos, mas a grande maioria está e não adianta esperar sentado, as coisas não acontecem simplesmente. não é fácil, mas é simples. não adianta sofrer por antecedência e etc, etc, etc.

eu tenho meus próprios monstros sobre o futuro. eu sempre quis um, eu sempre quis me sentir satisfeita. nunca consegui. já tive vários futuros, já pude escolher entre muitos caminhos, cada um levaria a um futuro x, que eu jamais saberia como seria totalmente, mas dava pra ter uma idéia. nada me fascinou.

só que acho que o futuro não tem que ser nada fascinante. tem que deixar você satisfeito.
e o futuro são dias, horas, daqui a um minuto, no próximo segundo e eu me pergunto, tá bom assim?

e se eu mudar e fizer tudo que eu já pensei em fazer, vai ser melhor?
e o meu medo sem fim de fazer sem medir não conta? idéia tem de sobra, falta coragem.
desapego não é algo que aconteça da noite pro dia.

hoje, eu queria meu futuro assim, bem pé no chão:

alguém. que o equilíbrio de duas pessoas totalmente diferentes vivendo juntas possa existir comigo. que somente o fato de querer estar alí todo dia, apesar de tudo, seja a maior prova de que é certo.

alguéns. os bons amigos, as visitas, o apoio e as datas comemorativas.

muito trabalho. um que me desafie todo dia. que me canse e eu chegue em casa merecendo um sofá, café e filme e cafuné.

família. a minha é um problema que eu quero pro resto da vida.

viagem. fotos. nada demais. as de final de semana, sem pensar demais, lugares pequenos e bonitos. o bom é a ida, na estrada, as músicas e as conversas. e de vez em quando uma daquelas que você guarda dinheiro o ano todo.

e alguns detalhes que não sei como vai ser, exemplo: eu preciso da cidade grande, e a tendência é que as casas desapareçam e os apartamentos reinem. em apartamentos os bichos não são bem-vindos, e eu quero dois cachorros. mais na frente tentamos desenrolar isso.

filhos? acho que um dia eu vou querer. mas não quero. provavelmente adotar.

'e alguns detalhes que não sei como vai ser'. falando assim, parece que o resto é resto, já foi definido. vamos ver quanto tempo dura essa minha idéia de futuro e se vou realmente atrás de realizá-la. vamos ver se alguma coisa ajuda. ou será que eu devo ser só? viver de trabalho, viagens e um gatinho que me fará companhia?