Sunday, August 27, 2006

o egoísmo como virtude?

por aqui tentando trabalhar o altruísmo nato que existe em mim.
difícil demais.
vai totalmente de encontro com meu grande nível de racionalização de tudo, mas...
nunca consegui ver o egoísmo como um bom valor, aí aparece um negócio desses na minha frente: http://www.aynrand.com.br/texts/ethics.htm.
big help, thanks.
e a melhor frase é:
'a primeira questão que se levanta em relação a um código de valores diz respeito à razão pela qual seres humanos precisam de um código de valores.'
eu adoro (ou odeio, não sei dizer) esse negócio de pensar tanto à ponto de chegar às raízes das questões. isso faz questionar tudo que incomoda e faz mais forte os argumentos das atitudes que considero corretas. por outro lado nunca consegui sair destes pensamentos num caminho que leve à mudança para outro tipo de atitude, por exemplo, que eu tivesse descoberto e achado melhor.
e porque será que precisamos de um código de valores?
talvez, se não existisse a humanidade fosse bem menos complicada.
(né?)

Thursday, August 24, 2006

arroz e feijão

tem certas dietas que dão super certo. é só você:
cortar os refrigerantes
cortar as bebidas alcólicas
cortar os doces
cortar as frituras
cortar o açúcar
cortar os derivados do leite
cortar as massas
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aproveitar e cortar também os pulsos, ok?
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casa pré-fabricada - maria rita

Tuesday, August 22, 2006

tirando a parte das crianças, esse divã é meu, martha.

'não me sinto uma mulher como as outras.
por exemplo, odeio falar sobre crianças, empregadas e liquidações.
mas segui todos os mandamentos de uma boa menina:
brinquei de boneca, tive medo do escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo.
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quem me vê caminhando na rua de salto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras.
penso como homem, mas sinto como mulher.
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não me considero vítima de nada.
sou autoritária, teimosa e um verdadeiro desastre na cozinha.
peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia.
vida doméstica é para gatos.
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hospedo em mim uma natureza contestadora e aonde quer que eu vá ela está comigo, só que sou bem-educada e não compro briga à toa.
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o coração sempre foi gelatinoso.
faz eu dizer tudo ao contrário do que penso:
nessas horas não sei aonde vão parar minhas idéias viris.
basta me segurar pela nuca e eu derreto, viro pão com manteiga, sirva-se.
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sou tantas que mal consigo me distinguir.
sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção.
num piscar de olhos fico terna, delicada.
não costumo ser enigmática, ao contrário, sou bem objetiva.
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se eu lhe disser que estou com medo de ser feliz para sempre, o que você diria?
se ser feliz para sempre é aceitar com resignação o pão nosso de cada dia e sentir-se imune a todas as tentações, então é desse paraíso que quero fugir.
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desde criança, o meu desejo maior não era visitar a Disney, ou morar num sítio.
eu queria era crescer.isso sim é que deveria ser divertido, eu pensava.
e não me enganei.
nada é mais encantador que a independência.
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vivo em busca constante, tento investigar tudo que me soa estranho, sigo atenta a cada emoção, não me acomodo nem me acostumo com coisa alguma.
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se algo der errado é só chamar um adulto.'
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martha medeiros - divã

Tuesday, August 15, 2006

there's nothing wrong with it.

you know what's funny about being different than usual?
is that people make pressure enough for you to bother.
i'm a 'cheer-up-let's-party people!' person most of the time.
but it's not like i don't have any problems and i belive in mankind.
but, you know, i'm a big-smile-dancing-eletric-talking person. i don't know why. i just am.
it's good. it's bad. it's ok. it's just a way to be. i was born like that, nobody asked me what kind of person i would like to be.
i would like to be really really serious.
because people don't respect people who smile a lot. they just don't know when to stop.
they just guess that everything will always be fine after a while with you. that you'll always get over all your issues and always forgive everybody's mistakes.
i have no idea from where they took that. it's not in the books, i didn't say that. i don't deserve that treatment.
i can't be cruel and talk all i really would like to say all the time. people would hate me for good.
i'm sorry. i keep to myself. it's my problem. who cares?
and that really doesn't say much about me.
and then, i feel like i'm supposed to be like that 24-7 and and be the clown of every crowd i'm in.
the joker who will make everybody laugh the hole evening.
great.
it's a good job. people like you, you're funny, you bring good energies.
and there comes the day that you're simply not in the mood. you want your own clown to make funny jokes to you. i wanna be audience sometimes, you see?
and i feel like i don't have the right.
and i wonder why people think i have no problems.
just because i don't bother everybody else with them?
just because i don't show up with the bad mood?
just because i don't make revenge?
c'mon, that's no excuse.
and, it's worse. other people think that yes, i do have problems. but just small ones.
oh my God, i wanna die.
i wanna die when somebody looks at me and say that i have nothing to complain about.
just because i'm healthy and there are millions dying everyday?
just because i have a family, and a home and rest of the world is fighting for the homeless?
i wanna die.
but, i'll find a way. i will. i have. that's my own pressure.
i'll find a way to live with that. well, i already do. but i'm sick of it.
i want to leave that. just don't fuckin care.
and when i finally make everybody understand that YES PEOPLE, I HAVE A BAD MOOD TOO, people go away. they go away and wait for the next day when 'i'll be just fine' again!
that's ridiculous! i don't have nerve for that anymore.
and i can't tell people about because they just don't get it!
i wanna die.
i don't belong in this world. i have to fit, but it hurts.
it's like buying a pair of shoes four sizes smaller than yours and try to put them and dance for 6 hours.
it hurts.
i don't know, i have to read some more. it must be a way.
this can't be it. i'm only 22. there's hope.
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i'll find a way - rachael yagamata

Saturday, August 12, 2006

ter noção dos ciclos incomoda - parte 1 (não sei se tem outras partes, ok?)

...e é então que você acaba simplesmente se dando conta de que você num período x de tempo vivido já passou por situações únicas, porém dentro de alguns grupos de sentimentos parecidos: decepções, alegrias, superações, surpresas, altos, baixos, realizações, perdas, ganhos e vai.
e aí você percebe que já sabe exatamente como lidar com estas situações, sendo boas ou ruins.
mas, vem também aquele sentimento de que mesmo você sabendo agir em relação aos acontecimentos isso não alivia nenhuma parte do processo. aliás, de certa forma, talvez seja até pior.
alguns amigos meus conversam bastante sobre futebol e tem todo aquele lance da torcida e quando o time é rebaixado é de lascar e etc. tenho um amigo que leva tudo na esportiva e numa dessas conversas ele soltou assim:
-ah, foi até legal quando o meu time foi pra 2a divisão, a torcida começou a ver o time ganhar novamente! afinal, quanto menor sua expectativa mais fácil superá-la.
eu tento, sinceramente, me lembrar todo dia de que a grande desvantagem de pensar desta forma é que enfim, você pensa pequeno.
por outro lado, de grão em grão talvez se consiga mais. mais alegrias pequenas talvez seja melhor do que uma felicidade gigante. não sei. na verdade, até sei. eu sei que em algum momento é mais interessante agir da forma 1 ou 2, vai depender do estado de espírito.
e esse estado de espírito muda de acordo com os acontecimentos, que depois de um tempo determinado x você já conhece, sabe o que acontece e sabe o que precisa fazer e também que o que acontece se não fizer e tudo acaba sendo uma questão de escolha.
e isso é que me incomoda.
que antes a magia do ser humano me parecia ser que não existem os ciclos porque nós pensamos e podemos escolher e aprendemos. até o fato de se recusar a aprender é gerado por um pensamento e é uma escolha que prioriza alguma outra coisa que nos parece ser mais importante em algum instante. e tudo em nós causa alguma reação, nem que seja simplesmente a reação ignorar ou sentimento de repulsa. mas é uma reação ainda assim.
antes uma expectativa boa, a sensação da possibilidade e tudo o que isso gera no dia-a-dia, do que a certeza de saber como tudo vai acontecer exatamente.
é como poder apertar o foward do dvd da sua vida porque você já tem conhecimento do que virá pela frente.
infelizmente, nem querendo muito, andamos para trás (o controle veio sem o rewind). se você não vê em nenhuma parte um futuro interessante, complica.
por isso que eu estou quase concluindo que você chegar à uma fase muito madura de auto-conhecimento pode não ser nada bom. isso pode inclusive gerar reações diversas ao que você realmente é com o objetivo de fazer com você não se conheça mais, mas aí não é mais você, e isso também complica.
bom, no final de tudo ter noção dos ciclos me incomoda. e me incomoda saber que por mais que eu queira mudar o ciclo, o máximo que vai acontecer é entrar em outro ciclo, porque já é esperado que o ser humano não se contente e não seja um ser que age pela inércia.
acabacaram-se as surpresas, e eu gostava delas.
mesmo quando era uma surpresa ruim, pelo menos tudo que tinha sido conseguido até então tinha gerado alguns bons momentos e talvez por isso se diga hoje que de tudo dá para tirar algo bom ou uma lição.
já não existe mais a lição, ela já foi aprendida. restou pouco.
e aqui estou entrando em outro ciclo, que aquele de simplesmente deixar a vida ser como ela está e acreditar que a maneira que eu vivo é ok. e já sei que daqui umas semanas ou meses vou estar reclamando porque me acomodei e o tempo que eu não tentei ou aproveitei não volta mais e quantas oportunidades eu não devo ter perdido e blá blá blá.
é, pensar de menos faz mal. pensar demais pode ser ainda pior.
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hope leaves - opeth