Sunday, October 30, 2005

the difficult dialogue

-if you want me to stay, i'll stay, if you want me to go, i'll go. but you have to say something, you must want something!
-i'm afraid of what i want.
-why?! is it a lot?
-yes. i'ts a lot.

Wednesday, October 26, 2005

aaaaaaaaaahhhhh

não cabe mais nada.

Monday, October 24, 2005

too many variations to consider

cheguei à conclusão de que uma planilha no excel é como a nossa vida. não estou com saco de explicar, entendam como queiram.
situação: você é uma pessoa segura. você trabalha. você tem duas planilhas muito importante para apresentar na terça-feira. segunda-feira é feriado. o que você faz?
resposta: você dá um pulo até o seu trabalho na segunda para checar se está tudo ok, certo? certo.
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ao tomar esta atitude, duas coisas podem acontecer:
1. você pode chegar lá e ver que sim, está tudo ok e sair alegre e saltitante de volta para casa para ouvir e selecionar mais músicas para tocar no noise, que era justamente o que você tinha pensado em fazer no seu feriado em plena segunda-feira; ou
2. você pode abrir o arquivo.fdp e ver que as planilhas apresentam um erro e que ele não está saltando aos olhos. ou seja:^você fica no trabalho até achar o problema E a solução.
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depois de alguns segundos de respiração profunda para se auto controlar você começa a analisar o que pode ter acontecido. você tem duas planilhas que devem chegar ao mesmo resultado por caminhos diferentes, mas elas não batem:
opção 1: as fórmulas que você criou estão erradas, então, por mais que os dados estejam corretos, nunca vai calcular certo.
opção 2: as fórmulas estão corretas, os dados é que estão errados.
opção 3: tá tudo certo, você é que deve ter apenas digitado algo errado.
opção 4: tá tudo errado, valores, fórmulas, digitação, tudo.
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considerando que você já trabalha na empresa há algum tempo e já fez planilhas antes na vida, desconsideremos a opção 4, ok?
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frente às opções, o que é possível fazer?
1. limpar os valores da planilha e digitá-los novamente, se você acha é o mais provável é a opção 2.
2. checar as fórmulas, uma por uma, se você acreditaq piamente na opção 1.
3. travar o botão delete do seu computador de tão forte que você vai pressioná-lo, apagar todo o arquivo.fdp e começar tudo do zero.
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eu, há bem pouco tempo atrás, iria na porta número 3 sem nem piscar, mas, a evolução nos permite coisas incríveis. como também não gosto de opções random, resolvi pensar numa maneira mais samantha de ser. você vai precisar de:
1 caneta piloto preta
1 caneta piloto vermelha
as planilhas impressas
1 bic
folhas de borrão
1 calculadora com números grandes
1 marca texto azul
1 lousa da sala de reunião que ninguém pode saber que você tirou de lá.
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retire a lousa da parede. é muito cansativo fazer cálculos em pé e olhando para cima. coloque-a no chão e sente. transcreva de piloto preta aquilo que você tem certeza que está correto, resumidamente. de vermelho, escreva o que você considera que possa estar errado. refaça o raciocínio das fórmulas que você usou em voz alta (funciona melhor): porque você rateou isso? porque fez o somatório disso? e etc. erros encontrados, marque na planilha e escreva o correto no borrão. se não for por aí, vá em direção aos dados. tire os relatórios necessários, refaça as contas na calculadora pelo menos duas vezes (sei lá, né?), aplique nas fórmulas (tipo prova real que a gente tirava das questões das provas de matemática no colégio). erros encontrados, marque na planilha e escreva no borrão. em determinado momento, alguém vai passar pela sala e perguntar qual o seu problema. simplesmente responda: hoje ERA feriado. você não será incomodado novamente. um santo anjo deve fazer café, arraste garrafa e copinhos pra perto. depois de algumas horas, o processo vai ficando mais rápido. ao terminar, coloque a lousa no lugar, devidamente limpa. pegue borrão e planilhas, conserte os erros, salve, coloque a planilha na rede novamente e saia com aquela sensação de dever cumprido, fome, alguma dor de cabeça. vontade de ser menos cri-cri e pensando porque cargas d'água você não se dá melhor com a matemática já que você gosta tanto de precisão.
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não perca na nossa próxima blog-aula: como chegar ao trabalho na terça-feira e enfrentar perguntas do tipo 'como foi seu feriado?' 'foi à praia?' 'cinema?' sem constrangimento e em apenas três passos! até mais ver.

Thursday, October 20, 2005

o nando

desculpe estou um pouco atrasado
mas espero que ainda dê tempo
de dizer que andei errado e eu entendo

as suas queixas tão justificáveis
e a falta que eu fiz nessa semana
coisas que pareceriam óbvias até pr'uma criança

por onde andei enquanto você me procurava
será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava

amor eu sinto a sua falta
e a falta é a morte da esperança
como um dia que roubaram seu carro
deixou uma lembrança

que a vida é mesmo coisa muito frágil
uma bobagem uma irrelevância
diante da eternidade do amor de quem se ama

por onde andei enquanto você me procurava
e o que eu te dei foi muito pouco ou quase nada
e o que eu deixei algumas roupas penduradas
será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava

Wednesday, October 19, 2005

últimas notícias

são muitas informações e eu sou funcional, quando dá.
então vai ser por meio de tópicos super curtos.
depois eu falo mais.


01. o ceará music foi ótimo. o nando reis é o cara mais mais da cena musical que eu conheço.
02. eu vou discotecar denovo no noise em novembro. e os meus cds vão dar certo.
03. o mis (www.mis.sp.gov.br) está com uma exposição lindíssima a partir de hoje até o fim de novembro sobre o tio chico (www.chicoalbuquerque.com.br). quem estiver em são paulo, não perca a oportunidade, as fotos são maravilhosas.
04. o site da abafilm está no ar! sim, é propaganda mesmo. ninguém precisa mais sair de casa e nem gravar cd para enviar suas fotos para impressão. visitem: www.abafilm.com.br
05. não sei ainda para onde vou no fim do ano. sugestões?
06. gosto muito de todo mundo que vem aqui, e quase nunca digo. tá dito.

Tuesday, October 11, 2005

sobre os baixos e a minha intrínseca relação com todos eles.

baixo
adj., s.m.

1. de pouca altura.
[é possível sonhar baixo?]

2. de categoria inferior.
[às vezes, como me colocam, como eu acho que me colocam]

3. que está inferior ao nível normal (temperatura, rio, salário, preço, estoque e etc.).
[auto-estima e níveis de alegria, coragem, esperança e vontade]

4. inclinado, voltado para o chão (olhos, cabeça).
[isso mesmo, olhos, cabeça]

5. grosseiro, vil.
[de vez em muito, ultimamente. de vez em quando, sempre]
[às vezes só funciona assim, tanto indo quanto vindo]

6. que mal se ouve (som, voz).
[nem eu me escuto]
[talvez eu nem queira que me ouçam]
[talvez seja uma estratégia pra que cheguem mais perto pra escutar melhor]

7. grave (voz)
[gosto demais, são as que me cativam]
[e eu nunca esqueço, são as de maior presença]

8. instrumento musical.
[o do som mais bonito e o que não pode faltar nunca]
[que dá equilíbrio, é a base]


pelos blogs estou sempre muito perto
de verdade, quase sempre, muito longe.
quem dera fosse o contrário.
não. quem dera fosse próximo de tudo que era jeito que tem.


e como a candie faz:
ouvindo - in a little while, u2.


"slow down my beating heart."

Monday, October 10, 2005

everybody cares, everybody understands

everybody cares, everybody understands
yes, everybody cares about you
yeah and whether or not you want them to

it's a chemical embrace that kicks you in the head
to a pure synthetic sympathy that infuriates you totally
and a quiet lie that makes you wanna scream and shout

so here i lay dreaming looking at the brilliant sunraining it's guiding light upon everyone
for a moment's rest you can lean against the banisterafter running upstairs again and again
from wherever they came to fix you inbut always fear the city's finest follow right behind
you got a pretty vision in your head
a pencil full of poison lead
and a sickened smile illegal in every town

so here i lay dreaming looking at the brilliant sunraining it's guiding light upon everyone
here i lay dreaming looking at the brilliant sunraining it's guiding light upon everyone
you say you mean well
you don't know what you mean
fucking out to stay the hell away
from things you know nothing about


elliott smith

Thursday, October 06, 2005

action!

eu acho que a nicole kidman tá me representando super bem.

http://www.sonypictures.com.br/hotsites/cinema/407/index.html


[sim, o meu nome é por causa do seriado. meu pai era louco por ele, assistia sempre.]


senão, tinha mais duas opções de nome pra mim:
patrícia ou viveca, por causa da atriz viveca lindfors, que o meu avô adorava.
ainda bem que meu pai existe.
(nada contra as patrícias e as vivecas, ok?)

Tuesday, October 04, 2005

dos sentimentos que eu não criei

hoje eu sinto falta de todas as vezes que meus pais não foram me ver dançar, cantar, representar, enfim, não foram assistir qualquer interpretação artística minha no colégio ou em caa mesmo, sei lá.
quando eu era mais nova eu fingia que não era importante e pedia que eles não dessem muita bola pra essas coisas, que era besteira e que daria trabalho. isso tudo porque eu já estava nervosa o suficiente e talvez eles achassem ridícula a minha apresentação. eu não queria ver a decepção na cara dos meus pais.
hoje, eu morro de chamá-los para assistir alguma coisa que me interessa ou da qual eu participei e raramente eles aparecem. e se aparecem dá pra notar nitidamente que eles estão lá mais por consideração a mim do que por qualquer outra coisa. dá vontade de chorar.
quando minhas irmãs fazem qualquer coisa, nem que seja cantar desafinado ou desenhar um sol todo tremido num papel, elas correm pra mostrar a grande obra pros pais. e eles ficam completamente impressionados com o talento das filhotas.
e daí vem várias outras coisas como: a samantha sempre pode esperar duas horas pra gente ir buscar, mas as meninas não. a samantha pode se virar, mas as meninas não. a samantha não tem frescura com isso não, mas as meninas. viu? as meninas. a samantha. blocos. com umas paredes enormes separando.
um dos sentimentos que eu não criei.
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hoje eu sinto falta de alguém me elogiar em relação a alguns aspectos. como eu sempre fui muito trancada e fingia não ser, a minha imagem para as pessoas era a de que eu era muito bem resolvida e de que eu não preciso da opinião de ninguém. nunca perguntei se a minha roupa estava boa, se o cabelo tava bonito ou se a maquiagem tava combinando. eu simplesmente me arrumava e pronto, passava reto. quem achasse bonito ótimo. bullshit. hoje, quando eu invento de me arrumar de uma forma diferente do comum, fico esperando que alguém manifeste algum tipo de opinião sobre isso e... silêncio. e se eu peço ajuda pra comprar alguma coisa, alguém se habilita? não. a samantha resolve tudo sozinha.
dos sentimentos que eu não criei, mais um.
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sabe aquela pessoa que fala com todo mundo e na verdade não tem ninguém? comecei a sentir falta dos meus amigos do colégio quando vi que boa parte deles ainda se encontrava vez por outra e eu nem sabia direito. não tenho muitos amigos da infância comigo. isso porque eu era daquelas alunas supermegaultrahiper sociáveis que conhecia todo mundo de todas as séries e me dava melhor com o pessoal mais velho. fazia parte do grêmio toda vez e sempre era eleita representante ou vice-representante da turma. o que eu ganhei com isso? sinceramente? faço a menor idéia. acho que quase nada. boa parte dos meus amigos não se sente muito próximo de mim. aparentemente eu tenho uma distância mínima permitida e ninguém pode ultrapassar a faixa branca deste espaço. reclamam que eu não ligo o suficiente, que é tanta gente pra eu dar atenção que eu acabo não dando atenção a ninguém. e quando eu preciso (ou não preciso), cadê a minha atenção, o meu abraço, o meu telefonema antes que eu comece a chorar denovo, a minha volta pra desopilar do estresse, a minha cerveja e piadas pra fingir que amanhã vai ser diferente? não tem.
eu não criei este sentimento também.
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e tem tantos outros. uma vez um cara me disse que sentimento é uma questão de atitude e me explicou porquê. na verdade, no começo, parecia aquela história de que 'se você der amor você recebe amor'. não é bem assim, mas é quase assim. tem certas coisas que você pode plantar. e certos sentimentos dá pra criar, ou cuidar pra que cresçam com algumas atitudes na vida. eu sou daquelas pessoas que mais dia menos dia vai se distanciando dos outros. mas não é porque eu quero isso conscientemente. alguns até acham que eu enjôo, ou que não tenho paciência ou que eu não presto mesmo e só falo com quem me interessa. na verdade, foi tudo questão de atitude. eu quis conquistar as pessoas com as ferramentas erradas, ou só com ferramentas não tão certas e aí, acaba que uma hora tudo se perde. e eu fico, em algumas outras oportunidades, achando que dou atenção demais, que eu não recebo o que eu preciso, que eu dediquei tanto pra não ter nada em troca. acaba sendo um ciclo, e o culpado nunca aparece. e se aparecer, acaba que é uma de mim.
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àqueles que há tempos insistem em continuar comigo, nem que seja só um pouquinho: não sei nem o que dizer. é muita coisa e eu não sei me expressar. se eu soubesse e conseguisse eu não tremia tanto, bebia tanto, chorava tanto e falava tanta besteira. e sim, eu sou carente dessas coisas. àquela que quis ser independente e bem resolvida, acabou sendo mais dependente de todas, intropectiva pro que não deve, querendo o que não consegue pedir e, lógico, querendo que as pessoas adivinhem.
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todo dia eu tento. todo dia eu não consigo. até chegar o dia em que eu vou desistir. quer dizer, conseguir.
conseguir o que eu quero ou conseguir desistir da idéia do que eu quero e querer o que eu tenho.
é como aquele martelinho do filme 'um sonho de liberdade'.
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"'cause i know i'm a mess he don't wanna clean up. i got to fold 'cause these hands are too shaky to hold.
hunger hurts, but starving works, when it costs too much to love."

Sunday, October 02, 2005

larala larala lara la la

se tem uma promessa que eu sempre quebro é a de vingança. o máximo que acontece quando eu tenho uma raiva, chateação ou tristeza, por mais injusto que eu ache e por mais que eu sofra (e é porque eu já fui quase ao limite), é eu dizer: deixa estar. e depois eu acabo deixando mesmo. até porque eu sei que não preciso perder mais do meu tempo com isso. vingança e rancor é tomar uma gota de veneno todo dia e querer que o outro morra (não lembro onde vi isso, mas é verdade demais).
até porque eu não consigo, mesmo que queira, guardar rancor por muito tempo também.
nossa, como me criticam por causa disso. 'não sei como você ainda fala com fulano.' 'não sei porque você ainda faz questão de dar satisfação à cicrana.' 'não sei como tu consegue ficar no mesmo lugar que beltrano.'
meu povo, entenda: existem as pessoas, elas erram, umas se arrependem, outras não, umas nem se tocam do erro. paciência. eu é que não vou deixar de ir pra um lugar que eu gosto porque nãoseiquem vai estar lá. é muito poder sobre a minha vida pra uma pessoa só, vocês não acham? e eu outra coisa, eu cumprimento todo mundo que eu conheço. faço questão mesmo, é educado e ponto. isso não quer dizer nada, até porque existem algumas trilhares de formas de se cumprimentar alguém. quem eu gosto sabe que os meus cumprimentos são muito calorosos, já os cumprimentos sociais...
enfim, não vamos falar sobre isso, porque é sempre uma polêmica e eu acabo sendo muito prolixa.
isso tudo era só pra dizer que se eu um dia fosse me vingar de alguém, eu seria cruel. eu cantaria esta música, bem baixinho, no pé do ouvido:
larala larala lara la la
lalaiá laiá laiá
larala larala lara la la
lalaiá laiá laiá
mas quando eu comecei a gostar de você
você me abandonou
agora chora que é bom
chora que eu quero ver
vai começar a chover
só eu tenho o guarda-chuva
adivinha quem vai se molhar?
quem vai se molhar é você
larala larala lara la la
lalaiá laiá laiá
larala larala lara la la
lalaiá laiá laiá
também pode chorar que eu não volto atrás
pois no meu guarda-chuva não te levo mais
ninguém mais do que eu chorou, brigou por você
ninguém mais do que eu sofreu, amou só você
larala larala lara la la
lalaiá laiá laiá
larala larala lara la la
lalaiá laiá laiá
eu não te levo mais, não
eu não te levo mais, te levo mais não não não
eu não te levo mais
não não não não não

mas o ritmo é bom, a paula lima que canta e a letra é do jorge ben.