Friday, October 20, 2006

n vezes

jurei não mais amar pela décima vez
jurei não perdoar o que ele me fez.
.
.
o costume é a força que fala mais forte do que a natureza
e nos faz dar provas de fraqueza.
.
.
joguei meu cigarro no chão e pisei
sem mais nenhum aquele mesmo apanhei e fumei.
através da fumaça neguei minha raça chorando, a repetir:
ele é o veneno que eu escolhi pra morrer sem sentir.
.
.
senti que o meu coração quis parar
quando voltei e escutei a vizinhança falar
que ele só de pirraça seguiu com uma praça ficando lá no xadrez.
.
.
pela décima vez ele está inocente
e nem sabe o que fez.
.
pela décima vez . noel rosa

3 Comments:

At October 21, 2006 , Anonymous Anonymous said...

Realmente Noel Rosa?? O típico bohêmio, malandro clássico... começa a vida poética escrevendo sátiras pornográficas e vive como mulherengo... Hmmm... não seria jamais uma escolha primorosa de perfil heróico... mesmo sendo um gênio do samba, e intrépido ameaçador dos "malandros", como era um ele próprio, me parece um caráter fragilíssimo...

Ow well, not my place to say... but since i already did... O "poeta da vila" ou o "filosófo da música"... satírico e questionador, i wonder why...

 
At October 22, 2006 , Anonymous Anonymous said...

Onde é que você anda ouvindo essas coisas???

 
At October 23, 2006 , Anonymous Anonymous said...

Nao tinha passado por aqui...So pra registrar e mandar um beijo...

 

Post a Comment

Subscribe to Post Comments [Atom]

<< Home